segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Leitura Dramática no PROESDE em Lages!

O ProLer Leitura Dramática esteve presente neste sábado (10/12) no evento de socialização final dos trabalhos do PROESDE, na Uniplac, em Lages. 

Na apresentação foi realizada a leitura dramática do poema "O Livro Sobre Nada", do livro homônimo de Manoel de Barros; a performance foi finalizada com uma reflexão sobre a liberdade de diversidade do ser humano. 

O evento contou com a presença de figuras ilustres da educação catarinense! 



O LIVRO SOBRE NADA

É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
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Tudo que não invento é falso.
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Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
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Tem mais presença em mim o que me falta.
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Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.
*
Sou muito preparado de conflitos.
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Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
*
O meu amanhecer vai ser de noite.
*
Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
*
O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo.
*
Meu avesso é mais visível do que um poste.
*
Sábio é o que adivinha.
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Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.
*
A inércia é meu ato principal.
*
Não saio de dentro de mim nem pra pescar.
*
Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.
*
Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.
*
Peixe não tem honras nem horizontes.
*
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando não desejo contar nada, faço poesia.
*
Eu queria ser lido pelas pedras.
*
As palavras me escondem sem cuidado.
*
Aonde eu não estou as palavras me acham.
*
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
*
Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja.
*
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
*
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
*
Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim.
*
Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus.
*
Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade.
*
O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
*
Por pudor sou impuro.
*
O branco me corrompe.
*
Não gosto de palavra acostumada.
*
A minha diferença é sempre menos.
*
Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.
*
Não preciso do fim para chegar.
*
Do lugar onde estou já fui embora.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Teatro de fantoches

A noite de ontem, 6 de dezembro, foi especial.  As turmas de Itajaí e Biguaçu puderam apresentar suas produções teatrais feitas com os fantoches  que foram produzidos durante o curso Proler - Leitura à flor da pele 2016/2.
Foi emocionante ver a dedicação e a criatividade traduzidos em trabalhos divinos.
Confiram alguns Cliques da noite!











Leitura à flor da pele


É com muita honra que temos o prazer de convidá-los  para o evento de conclusão  do Proler- Leitura à flor da pele !!


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

PROESDE Univali

Na noite do dia 29 de novembro, o ProLer Leitura Dramática esteve presente na socialização final dos trabalhos do PROESDE Univali, realizando a leitura dramática do poema "O Livro Sobre Nada", do livro homônimo de Manoel de Barros, e uma reflexão sobre a liberdade do ser humano.

O livro sobre nada
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.

Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Tem mais presença em mim o que me falta.
Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.
Sou muito preparado de conflitos.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
O meu amanhecer vai ser de noite.
Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo.
Meu avesso é mais visível do que um poste.
Sábio é o que adivinha.
Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.
A inércia é meu ato principal.
Não saio de dentro de mim nem pra pescar.
Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.
Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.
Peixe não tem honras nem horizontes.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando não desejo contar nada, faço poesia.
Eu queria ser lido pelas pedras.
As palavras me escondem sem cuidado.
Aonde eu não estou as palavras me acham.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim.
Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus.
Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade.
O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
Por pudor sou impuro.
O branco me corrompe.
Não gosto de palavra acostumada.
A minha diferença é sempre menos.
Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.
Não preciso do fim para chegar.
Do lugar onde estou já fui embora.







sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

ContArte

     No dia 30 de novembro, recebemos um convite da Professora Valéria, para irmos ao CEDIN Vale Verde. Fomos muito bem recebidos pelas 45 crianças, que tem entre 7 e 12 anos. 
    Foi uma tarde gostosa, pois o ambiente era acolhedor e bem especial. Contamos as seguintes histórias: A Primavera da Lagarta e O Sapato que Miava.